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O Vaticano Afirma que o Anti Cristo é Igual a Jesus Cristo!
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O Vaticano Afirma que o Anti Cristo é Igual a Jesus Cristo!
Vaticano afirma que o Anti Cristo não será diferente de Jesus!
Judeus e Católicos esperam a vinda do Messias.
Antonio Carlos C. Coelho
O recente documento aprovado pelo Vaticano surpreendeu judeus e
católicos. Afirma o documento que "a espera dos judeus pelo Messias não é
em vão". Tal posição firmada oficialmente pela Igreja Católica, segundo
artigo publicado recentemente pelo jornal O Estado de São Paulo*, foi
bem recebida por estudiosos judeus.
O trabalho assinado pelo Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, causou surpresa. O teólogo, tido como conservador, disse que "cristãos e judeus compartilham da espera pelo Messias, embora os judeus aguardem
sua primeira vinda e os cristãos, a segunda", e ainda destacou, " a
diferença reside no fato de, para nós (cristãos católicos), aquele que
virá terá as mesmas características do Jesus que já veio".
O Cardeal ao recomendar o cuidado que se deve ter ao interpretar o Novo
Testamento, pede desculpas pela interpretação negativa que se fez dos
fariseus, pois, freqüentemente, foram "usadas para justificar o
anti-semitismo" no ambiente católico.
O rabino Alberto Piatelli, de Roma, surpreendeu-se com as afirmações apresentadas no trabalho, principalmente por partirem do autor do documento - Dominus Iesus - que
causou um grande mal estar nas relações entre a Igreja Católica e as
outras Igrejas e Religiões.
Para o Rabino, esse trabalho é "um avanço no
sentido de fechar as feridas abertas pelo outro trabalho". E disse
ainda, " Ela (a Igreja) reconhece o valor da posição judaica no que se
refere à espera pelo Messias, altera toda a exegese dos estudos bíblicos
e restaura o sentido original de nossas passagens bíblicas".
Também
para o professor Michael Marrus, especialista em história do Holocausto
da Universidade de Toronto, o novo documento " é importante... é um
progresso notável nas relações entre católicos e judeus".
As
afirmações apresentadas pelo Cardeal Ratzinger não representam grande
novidade teológica. Essas idéias circulam entre os pensadores cristãos
há algum tempo.
Portanto, a novidade não está no que foi afirmado, mas
no fato do Vaticano ter assumido oficialmente outra experiência
messiânica além da cristã, chocando-se com conceitos ainda muito
presentes, principalmente nos meios católicos mais tradicionais.
O
documento, de valor para as relações judaico-católicas, abre uma
perspectiva para a revisão dos velhos conceitos - fariseus, Messias,
Aliança - contribuindo para a superação dos preconceitos em relação ao
judaísmo.
O fato dos judeus não proclamarem Jesus como o Messias,
fez com que os cristãos interpretassem isto como pura e vazia negação
do óbvio: o Messias anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Tal
"negação", na visão cristã, significou uma auto-condenação judaica,
facilitando a imposição de penas e acusações aos judeus ao longo dos
séculos.
Incontáveis foram as vezes que ouvi nas aulas de religião e nas
pregações: "os judeus não tiveram a graça de perceber o que a eles foi
revelado"; ou, "os judeus rejeitaram aquele que foi enviado para salvar
Israel" e, ao que, em muitas vezes, era acrescentado, "... e o
condenaram à morte de cruz".
Freqüentemente, tais afirmações eram
acompanhadas de uma ensaiada dose de comiseração por parte de quem as
fazia. Os efeitos de tal ensinamento, somados com o sentimento de
superioridade cristã, alimentou o anti-judaísmo contido no catolicismo: o
judaísmo visto como crença primitiva, religião do "Velho Testamento",
foi depreciado, "ultrapassado" pela novidade cristã.
O Antigo
Testamento tornou-se um 'livro menor' diante do Novo Testamento, uma vez
que, para o cristão, o seu valor reside no fato dele ser o anúncio do
plano de salvação de Deus concretizado em Jesus, revelado no Novo
Testamento, sendo que a sua leitura é feita apenas na ótica
prefigurativa do Messias Jesus.
Agora, com o novo documento, abre-se uma
nova perspectiva de interpretação do Antigo Testamento.
A
aceitação de Jesus como o Messias é fundamental para a fé cristã, o que
causa um profundo abismo entre o cristianismo e o judaísmo, No entanto, é
Jesus quem estabelece a ponte entre o judaísmo e o cristianismo, e é
exatamente por ele, que os cristãos deveriam buscar a aproximação,
através do estudo, do conhecimento da fé judaica.
Parece-me não
estar bem claro para muitos católicos que o cristianismo é resultado de
uma experiência única de uma comunidade, e que é, só por esta
experiência, que se pode afirmar que Jesus é o Messias. Tal experiência é
indiscutivelmente verdadeira, mas para quem a faz.
Possivelmente aquele
que tem essa compreensão não terá dificuldade em entender que o
judaísmo é igualmente resultado de uma experiência única e verdadeira; e
que, a vinda do Messias também será percebida de forma exclusivamente
judaica. É por esta razão que o documento afirma: "a diferença reside no
fato de, para nós (cristãos), aquele que virá terá as mesmas
características do Jesus que já veio".
Portanto, só os cristãos
perceberão as características do Jesus, e os judeus, identificarão o
Messias segundo a experiência judaica. Mas, lamentavelmente, os
efeitos dos trabalhos do Vaticano são percebidos a longo prazo. Um
documento com esse exige uma mudança de mentalidade dentro da Igreja.
Se
muitos se dedicam ao estudo e estão abertos para mudanças, não
significa que todos assimilem as recomendação do Vaticano - talvez por
resistência ou por desconhecimento. Assim foi com a Nostra Aetate:
melhoraram as palavras dos pregadores, algumas poucas casas e institutos
religiosos incluíram estudos de judaísmo na sua formação, criaram-se
algumas comissões de diálogo, etc.
Isto já é um ganho no sentido da
superação das feridas abertas na história das relações Igreja-Sinagoga.
Todavia,
ainda falta. No âmbito da teologia o Vaticano já oficializou
importantes documentos para a aproximação de judeus e católicos - um
esforço que começou com o Papa João XXIII e teve continuidade com João
Paulo II.
Apesar de todo empenho e do significativo avanço nas relações
judaico -católicas, ainda é preciso se ter cuidado para que todo os
esforço da Igreja não se perca. Ninguém é ingênuo ao ponto de acreditar
que documentos (e leis) eliminem de uma hora para outra preconceitos
enraizados numa sociedade.
A semente está na terra, basta que alguém dê
uma regadinha, e pronto... - É preciso ficar bem atento aos efeitos das
"interpretações bíblicas contextualizadas" orientadas pela ótica de uma
"teologia política e econômica" que paira em expressivos meios
católicos.
Entendo que a reparação das relações entre católicos e
judeus deva ir além da publicação de documentos oficiais. Seria
importante haver um esforço educativo junto à comunidade católica sobre o
anti-judaísmo no ambiente católico. O pedido de perdão tem um valor
imenso.
Mas, juntamente com esse perdão deveria haver a promoção - como
se faz nas grandes campanhas - de uma reflexão profunda das causas que
geraram a Inquisição e a Shoá. Ainda, deveria partir do Vaticano um
claro posicionamento em relação ao Estado de Israel.
Somente a
manutenção da embaixada do Vaticano em Tel-Aviv (por que não em
Jerusalém?) não é suficiente para quem tem as raízes espirituais
fincadas na Terra de Israel. Sem serem observados esses aspectos:
teológicos, históricos (Inquisição - Shoá), político (Povo - Estado) não
se poderá dar por completo o esforço para a reabilitação das relações
entre católicos e judeus.
* O Estado de São Paulo, caderno A, p. 12, 19/01/02
Leia também,
do mesmo autor:
Judaísmo e Pós Modernidade
A busca do diálogo entre o desejo e a realidade
O que se pensa e o que esperar do conflito israelense-palestino
Encontros Marcados com Deus - Expressão da Unidade do Povo de Deus
Arafat não foi à Missa do Galo
Fonte: http://www.cienciaefe.org.br/jornal/arquivo/coelho/messias2.htm
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