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A Torah e a Graça!
Gideões da CCB Livre de Religião. :: Fórum para Ensinar como Ser Livre da Escravidão Religiosa! :: Matérias Dirigida a Todos os Cristãos!
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A Torah e a Graça!
QUAL A DIFERENÇA ENTRE A TORAH A ANTIGA ALIANÇA E A GRAÇA A NOVA ALIANÇA FEITA NO SANGUE DE YAHUSHUA O SALVADOR DO MUNDO?
São inúmeras as diferenças entre as duas alianças, mais a principal é a salvação das almas! Na torah não existe salvação de alma e sim, a indicação do pecado do homem carnal ou a condenação final do homem.
A Torah e a salvação das almas:
Em Êxodo 15;13 Na oração de Mosheh: Tu, com a tua beneficência, guiaste a este povo, que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade. Ou seja: livrou os judeus da escravidão egípcia e os levou ao Monte santo de Deus, o Sinai!
Deut. 26;15 Olha desde a tua santa habitação, desde o Céu, e abençoa o teu povo de Israel, e a terra que nos deste, como juraste a nossos pais, terra que mana leite e mel. A promessa feita aos nossos pais foi de herdarmos uma terra que manava leite e mel e não a vida eterna ou a salvação das nossas almas!
Vemos aqui claro que a promessa que o Todo Poderoso Yahuh dos Exércitos prometeu a esta nação foi de herdar uma terra que manava leite e mel e não a salvação de suas vidas/almas; mais sim, a libertação dos homens da escravidão egípcias, como está escrito: salvaste da escravidão egípcia.
Deut. 6;1 Estes, pois, são "os mandamentos, os estatutos e os juízos" (que se chamou torah) que mandou o Eterno Yahuh vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir;
Deut. 6;2 Para que temas ao Eterno Yahuh teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados.
Deut. 6;3 Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os guardares, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o Eterno Yahuh Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.
Deut. 6;4 Ouve, Israel, o Eterno Yahuh nosso Deus é o único.
Quem foi o profeta da salvação das almas:
O primeiro profeta a profetizar a salvação das nossas almas foi o Rei David, no seu leito de morte, as últimas palavras dele, que disse II Sam. 23;5: Pois não é assim a minha casa para com Deus? Porque estabeleceu comigo um pacto eterno, em tudo bem ordenado e seguro; pois não fará Ele prosperar toda a minha salvação e todo o meu desejo?
Em Salmo na conversa que David teve com o Anjo do Eterno vemos:
Sal. 3;1 Eterno Yahuh, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim. Muitos dizem da minha alma: Não há salvação para ele em Deus. (Selá.)
Mais David sabia em sua alma, que o pacto que ele tinha feito com o seu Deus, "não o pacto da torah", o daria o direito de entrar no Reino Celestial e possuir a vida eterna no Reino eterno do seu Deus; que é a salvação das almas!
Do pacto que o Eterno fez com David, é que nasceu a salvação das nossas almas e não a torah feita a Mosheh; David foi o embaixador da salvação das almas e todas as promessas de vida eterna está embazada neste pacto feito a David, vejam:
Luc. 1;31 E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Yahushua.
Luc. 1;32 Este será grande, e será chamado Filho do Altíssimo; e o Eterno Yahuh teu Deus lhe dará o trono de David, seu pai;
Luc. 1;33 E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.
Quem buscar salvação na torah ou através dela, está perdido pra sempre, pois, ela apenas indicou o pecado ou a transgressão do povo, o pacto que o Soberano Yahuh fez com Mosheh, foi apenas de libertar o povo judeu da escravidão egípcia;
Escravizando-os novamente a uma aliança que fora impossível alguém na terra ser salvo por ela, a torah não justificou nenhum homem e não salvou nenhum da condenação eterna, pois todos estavam debaixo da maldição, porque todos eram transgressores dela todo o santo dia.
Se não fosse o pacto que o Eterno Yahuh fez com David, enviando o seu Filho amado a pregar o evangelho aos espíritos que estavam em prisões eternas, nenhuma alma dos povos anti-Nova Aliança/graça seriam salvas, nem mesmo David, Abraham e nem Adão. I Ped. 3;19.
Yahuh seja hoje e sempre louvado e toda honra seja dado somente ao nosso salvador Yahushua Ha-Mashiach.
Re: A Torah e a Graça!
CONHEÇAM AQUI AS HERESIAS PRIMITIVAS SOBRE O FALSO CRISTO INVENTADO PELA A ICAR E OS JUDEUS MAÇÔNICOS!
“O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos antes de nós” (Ec 1.10)
Fonte: http://www.icp.com.br/51materia3.asp
Você sabia que o batismo pelos mortos foi uma heresia apregoada cerca de 1600 anos antes da “revelação” atribuída pelos mórmons a Joseph Smith Jr.?
Esse é apenas um dos muitos desvios doutrinários que atravessaram séculos e foram incorporados pelas seitas pseudo-cristãs.
A “revelação”, baseada na necessidade de restaurar a igreja, e a rejeição ao Antigo Testamento surgiram na mesma época e fluíram dos ensinamentos de Márcion.
Montano pregou que o fim do mundo ocorreria em sua geração e atribuiu a si o fato de iniciar e findar o ministério do Espírito Santo.
Sabélio, com seu modalismo, foi outra fonte de distorções bíblicas que até hoje é disseminada entre os evangélicos. Ainda fazem parte desse grupo Mani, com sua doutrina reencarnacionismo;
Ario, que deturpou a natureza de Yeshua/Jesus ao apresentá-lo como um ser criado (gravíssimo engano sustentado pelas testemunhas de Jeová);
Apolinário, que, ao contrário do antecedente, negou a humanidade de Cristo; Nestório, que ensinava a existência de duas pessoas distintas em Cristo;
Pelágio, que, como os islâmicos e outros grupos religiosos, negava a doutrina do pecado original; e Eutíquio, que afirmava que a natureza humana de Cristo havia sido absorvida pela divina.
Como podemos inferir, as heresias combatidas pela igreja contemporânea foram enfrentadas pela igreja primitiva que, com muito esforço e com a ajuda de concílios e credos, conseguiu defender a fé que “de uma vez por todas foi entregue aos santos”. Continuemos a defendê-la!
Márcion (95 - 165)
Informações indicam que Márcion nasceu em Sinope, no Ponto, Ásia Menor. Foi proprietário de navios, portanto, muito próspero-rico.
Aplicou sua vida à fé religiosa, primeiramente como cristão e, finalmente, ao desenvolvimento de congregações marcionitas.
Influente líder cristão, suas idéias o conduziram à exclusão, em 144 d.C. Então, formou uma escola gnóstica. Tendo uma mente prolífera, desenvolveu muitas idéias;
As quais foram lançadas em uma obra apologética alvo de combate de apologistas, especialmente Tertuliano e Epifânio.
Procurou ter uma perspectiva paulina, contudo, incluiu muitas idéias próprias e conjecturas sem respaldo bíblico. Era convicto de uma missão pessoal: restaurar o puro evangelho.
Antes, rejeitou o Antigo Testamento por achá-lo inútil e ultrapassado, além de afirmar que foi produzido por um deus inferior ao Deus dos evangelhos.
Para Márcion, o cristianismo era totalmente independente do judaísmo; era uma nova revelação. Segundo ele, Cristo pegou o deus do Antigo Testamento de surpresa e este teve de entregar as chaves do inferno a Ele.
Além disso, Cristo não era Deus, apenas uma "emanação do filho de Deus". O único apóstolo fiel ao evangelho, segundo Márcion, fora Paulo, em detrimento dos demais apóstolos e evangelistas.
Conseqüentemente, a Igreja primitiva havia desviado e, por isso, necessitava de uma restauração. Ainda segundo ele, o homem devia levar uma vida asceta, o casamento, embora legal, era aviltador.
Entre seus muitos ensinos, encontramos o batismo pelos mortos.
O cânon de Márcion restringia-se as dez epístolas de Paulo e a uma versão modificada do Evangelho de Lucas.
Gnosticismo
Nome derivado do termo grego gnosis, que significa “conhecimento”. Os gnósticos se transformaram em uma seita que defendia a posse de conhecimentos secretos.
Segundo eles, esses conhecimentos tornavam-nos superiores aos cristãos comuns, que não tinham o mesmo privilégio.
O movimento surgiu a partir das filosofias pagãs anteriores ao cristianismo que floresciam na Babilônia, Egito, Síria e Grécia (Macedônia).
Ao combinar filosofia pagã, alguns elementos da astrologia e mistérios das religiões gregas com as doutrinas apostólicas do cristianismo, o gnosticismo tornou-se uma forte influência na igreja.
A premissa básica do gnosticismo é uma cosmovisão dualista. O supremo Deus Pai emanava do mundo espiritual “bom”. A partir dele, surgiram sucessivos seres finitos (éons);
Até que um deles, Sofia, deu à luz a Demiurgo (Deus criador), que criou o mundo material “mau”, juntamente com todos os elementos orgânicos e inorgânicos que o constituem.
Cristãos gnósticos, como Márcion e Valentim, ensinavam que a salvação vem por meio desses éons, Cristo, que se esgueirou através dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto (gnoses):
E libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo material mais elevado.
Cristo, embora parecesse ser homem, nunca assumiu um corpo; portanto, não foi sujeito às fraquezas e às emoções humanas.
Algumas evidências sugerem que uma forma incipiente de gnosticismo surgiu na era apostólica e foi o tema de várias epístolas do Novo Testamento (I João, uma das epístolas pastorais).
A maior polêmica contra os gnósticos apareceu, entretanto, no período patrístico, com os escritos apologéticos de Irineu, Tertuliano e Hipólito.
O gnosticismo foi considerado um movimento herético pelos cristãos ortodoxos. Atualmente, é submetido a muitas pesquisas, devido às descobertas dos textos de Nag Hammadi, em 1945/46, no Egito.
Muitas seitas e grupos ocultistas demonstram alguma influência do antigo gnosticismo (“Dicionário de religiões, crenças e ocultismo”. George A. Mather & Larry A Nichols. Vida, 2000, pp 175-6).
Montano (120 - 180)
Por volta do ano 150 d.C., surgiu na Frígia um profeta chamado Montano que, junto com Prisca e Maximiliana, se anunciou portador de uma nova revelação.
Inicialmente, esse novo movimento reagiu contra o gnosticismo, contudo, ele mesmo se caracterizou por tendências inovadoras. As profecias e revelações de Montano giravam em torno da segunda vinda e incentivavam o ascetismo.
Salientavam fortemente que o fim do mundo estava próximo, e esperavam esse acontecimento para a sua própria geração. Insistiam sobre estritas exigências morais, como, por exemplo, o celibato, o jejum e uma rígida disciplina moral.
Exaltavam o martírio e proibiam que seus seguidores fugissem das perseguições. Alguns pecados eram imperdoáveis, independente do arrependimento demonstrado.
Finalmente Montano afirmou ser o Paracleto, pois nele iniciaria e findaria o ministério do Espírito Santo. Prisca e Maximiliana abandonaram seus respectivos maridos para se dedicarem à obra profética de Montano.
Algumas vezes, Montano procurava esclarecer que ele era um agente do Espírito Santo, mas sempre retornava à sua primeira posição e afirmava ser o Consolador prometido.
Sua palavra deveria ser observada acima das Escrituras, porque era a palavra para aquele tempo do fim.
Esse movimento desvaneceu-se no terceiro século no Ocidente e no sexto, no Oriente.
Ascetismo
Autonegação, visão de que a matéria e o espírito estão em oposição um ao outro. O corpo físico, com suas necessidades e desejos inerentes, é incompatível com o espírito e sua natureza divina.
O ascetismo defende a idéia de que uma pessoa só alcança uma condição espiritual mais elevada se renunciar à carne e ao mundo.
O ascetismo foi amplamente aceito nas religiões antigas e ainda hoje é uma filosofia proeminente, sobretudo nas seitas e religiões orientais. Platão idealizou-o.
As seitas judaicas, como os essênios, praticavam-no fervorosamente e o cristianismo institucionalizou-o, com o desenvolvimento de várias ordens monásticas.
O gnosticismo foi o maior defensor dessa filosofia (“Dicionário de religiões, crenças e ocultismo”. George A. Mather & Larry A Nichols. Vida, 2000, p. 23).
Sabélio (180 – 250)
Nasceu na Líbia, África do Norte, no terceiro século depois de Cristo. Depois, mudou-se para a Itália, passando a viver em Roma. Ao conhecer o evangelho, logo se tornou um pensador respeitado em suas considerações teológicas.
Recebeu influência do Modalismo que já estava sendo divulgado na África.
O Modalismo ocorreu, no início, como um movimento asiático, com Noeto de Esmirna.
Os principais expoentes do movimento: Noeto, Epógono, Cleômenes e Calixto. Na África, foi ensinado por Práxeas e na Líbia, defendido por Sabélio.
Hoje, o Modalismo é muito conhecido pelo nome sabelianismo, devido à influência intelectual fornecida por Sabélio.
O objetivo de Sabélio era preservar o monoteísmo a qualquer custo. Tinha um objetivo em vista que, pensava, justificava os meios.
Ensinava que havia uma única essência na divindade, contudo, rejeitava o conceito de três Pessoas em uma só essência.
Afirmava que isso designaria um culto triteísta, isto é, de três deuses. A questão poderia ser resolvida, afirmava, pelo conceito de que Deus se apresentaria com diversas faces ou manifestações.
Primeiramente, Deus se apresentou como Deus Pai, gerando, criando e administrando. Em seguida, como Deus Filho, mediando, redimindo, executando a justiça.
E finalmente e sucessivamente, como Deus Espírito Santo, fazendo a manutenção das obras anteriores, sustentando e guardando. Uma só Pessoa e três manifestações temporárias e sucessivas.
Mani (216 - 277)
Nasceu por volta de 216 d.C. na Babilônia. Foi considerado por alguns como o último dos gnósticos. Diferente dos demais hereges, desenvolveu-se fora do cristianismo. Todavia, era um rival do evangelho.
Seus ensinos buscavam respaldo no cristianismo. Afirmava, por exemplo, ser o Paracleto, o profeta final. Em seus ensinos enfatizava a purificação pelos rituais.
Em 243 d.C., o profeta Mani teve seus ensinamentos reconhecidos por Ardashir, rei sassânida (Índia). Então, a nova fé teve o seu “pentecostes”, analogia traçada pelos maniqueístas.
Durante 34 anos, Mani e seus discípulos intensificaram seu trabalho missionário apolinário pelo leste da Ásia, Sul e Oeste da África do Norte e Europa.
A base do maniqueísmo engloba um Deus teísta que se revela ao homem. Deus usou diversos servos, como Buda, Zoroastro, Jesus e, finalmente, Mani.
Deveriam seus discípulos praticar o ascetismo e evitar a participação em alguma morte, mesmo de animais ou plantas. Deveriam evitar o casamento, antes, abraçarem o celibato.
O universo é dualista, existem duas linhas morais em existência, distintas, eternas e invictas: a luz e as trevas.
A remissão ocorre pela gnosia, conhecimento especial que os iniciados conquistavam. Entre os remidos há duas classes, os eleitos e os ouvintes.
Os eleitos não podiam nem mesmo matar uma planta, por isso eram servidos pelos ouvintes, que podiam matar plantas, mas nunca animais ou até mesmo comê-los.
Os eleitos subiriam, após a morte, para a glória, enquanto os ouvintes passariam por um longo processo de purificação. Quanto aos ímpios, continuariam reencarnando na terra. Recebeu grande influência de Márcion.
Ario (256-336)
Presbítero de Alexandria entre o fim do terceiro século e o início do quarto depois de Cristo. Foi excluído em 313, quando diácono, por apoiar, com suas atitudes, o cisma da Igreja no Egito. Após a morte do patriarca da Igreja em Alexandria, foi recebido novamente como diácono.
Depois, nomeado presbítero, quando então começou a ensinar que Jesus Cristo era um ser criado, sem nenhum dos atributos incomunicáveis de Deus, por exemplo, eternidade, onisciência, onipotência etc, pelo que foi censurado, em 318, e excluído, em 321.
Mas, infelizmente, sua influência já havia sido propagada e diversos bispos da Igreja no Oriente aceitaram o novo ensino.
Em 325, ocorreu o concílio de Niceia e Ario, apesar de excluído, pôde recorrer de sua exclusão, sendo banido. Ario preparou uma resposta ao Credo Niceno, o que impressionou muito o imperador Constantino.
Atanásio resistiu à ordem de Constantino de receber Ario em comunhão. Então Ario foi deposto e exilado em Gália, falecendo no dia em que entraria em comunhão em Constantinopla.
A base de seu ensino era estabelecer a razão natural como meios de entender a relação entre Deus e Cristo. Haveria uma só Pessoa na divindade.
O logos não foi apenas gerado, mas literalmente criado. Seria tão-somente um intermediário entre Deus e os homens e, devido à sua elevada posição, receberia adoração e glória.
Apolinário (310-390)
Foi bispo de Laodiceia da Síria no final do quarto século. Cooperou na reprodução das Escrituras. Fez oposição à afirmação de Ario quanto à criação e à mutabilidade de Cristo.
Por outro lado, se opôs ao conceito da completa união entre as naturezas divina e humana em Jesus.
Afirmava que Jesus não tinha um espírito humano. Segundo ele, o espírito de Cristo manipulava o corpo humano. Sua posição inicial era contra o arianismo, que negava a divindade de Cristo.
Em sua opinião, seria mais fácil manter a unidade da Pessoa de Cristo, contanto que o logos fosse conceituado apenas como substituto do mais elevado princípio racional do homem.
Contrapondo-se a Ario, ele advogava a autêntica divindade de Cristo, e tentava proteger sua impecabilidade substituindo o pneuma (espírito) humano pelo logos, pois julgava aquele sede do pecado.
Conseqüentemente, Apolinário negava a própria e autêntica humanidade de Jesus Cristo.
Em 381, o sínodo de Constantinopla declarou contundentemente, entre outros sínodos, herética a cristologia de Apolinário.
Apolinário formou um grupo de discípulos que manteve seus ensinos. Mas não demorou muito e o movimento se desfez.
Nestório (375-451)
Patriarca da Igreja em Constantinopla na metade do quinto século depois de Cristo. Seu objetivo de expurgar as heresias na região de seu controle encontrou problemas quando expressou sua cristologia. Encontrava-se em seu tempo idéias divergentes sobre a natureza de Cristo.
Alguns, aparentemente, negavam a existência de duas naturezas em Cristo, postulando uma única natureza. Outros, como Teodoro de Mopsuéstia, afirmavam que o entendimento deveria partir da completa humanidade de Cristo.
Teodoro negava a residência essencial do logos em Cristo, concedendo somente a residência moral. Essa posição realmente substituía a encarnação pela residência moral do logos no homem Jesus.
Contudo, Teodoro declinava das implicações de seu ensino que, inevitavelmente, levaria à dupla personalidade em Cristo, duas pessoas entre as quais haveria uma união moral. Nestório foi fortemente influenciado pelo seu mestre, Teodoro de Mopsuéstia.
O nestorianismo é deficiente, não em relação à doutrina das duas naturezas de Cristo, mas, sim, quanto à Pessoa de cada uma delas.
Concorda com a autêntica e própria deidade e a autêntica e própria humanidade, mas não são elas concebidas de forma a comporem uma verdadeira unidade, nem a constituírem uma única pessoa. As duas naturezas seriam igualmente duas pessoas.
Ao invés de mesclar as duas naturezas em uma única autoconsciência, o nestorianismo as situava lado a lado, sem outra ligação além de mera união moral e simpática entre elas. Jesus seria um hospedeiro de Cristo.
Nestor foi vigorosamente atacado por Cirilo, patriarca de Alexandria, e condenado pelo Terceiro Concílio de Éfeso, em 431.
O movimento nestoriano sobreviveu até o século quatorze. Adotaram o nome de cristãos caldeus. A Igreja persa aceitou claramente a cristologia nestoriana.
Atingiu expressão culminante no décimo terceiro século, quando dispunha de vinte e cinco arcebispos e cerca de duzentos bispos.
Nos séculos doze e treze, formou-se a Igreja Nestoriana Unida e, atualmente, seus membros são conhecidos como Caldeus Uniatas. Na Índia, são conhecidos como cristãos de São Tomé. Hoje, esse movimento está em declínio.
Pelágio (360-420)
Teólogo britânico. Teve uma vida piedosa e exemplar. Baseado exatamente nessa questão, desenvolveu conceitos sobre a hamartiologia (doutrina que estuda o pecado).
Sofreu resistência e, finalmente, foi excluído por diversos sínodos (Mileve e Catargo), sendo, ainda, condenado no Concílio de Éfeso, em 431 d.C.
Seus ensinos afirmavam que o homem poderia viver isento do pecado. Que o homem fora criado a imagem de Deus e, apesar da queda, essa imagem é real e viva.
Do contrário, o homem não seria aquele homem criado por Deus. No pelagianismo a morte é uma companheira do homem, querendo dizer que, pecando ou não, Adão finalmente morreria, ainda que não pecasse. O ideal do homem é viver obedecendo.
O pecado original é uma impossibilidade, pois o pecado depende de uma ação voluntária do pecador. Afirma ainda que, por uma vida digna, os homens podem atingir o céu, mesmo desconhecendo o evangelho. Todos serão julgados segundo o que conheciam e o que praticavam.
O livre-arbítrio era enfatizado em todas as suas afirmações, excluindo a eleição. Um século depois, desenvolveu-se o semipelagianismo, que amortecia alguns ensinos extravagantes de Pelágio.
Eutíquio (410-470)
Viveu em um mosteiro fora de Constantinopla durante a primeira metade do quinto século. Discípulo de Cirilo de Alexandria, teve grande influência e chefiava mosteiros na Igreja oriental.
Oponente do nestorianismo, afirmava que, por ocasião da encarnação, a natureza humana de Cristo foi totalmente absorvida pela natureza divina.
Era de opinião de que os atributos humanos em Cristo haviam sido assimilados pelo divino, pelo que seu corpo não seria consubstancial como o nosso, que Cristo não seria humano no sentido restrito da palavra.
Esse extremo doutrinário contou com o apoio temporário do chamado Sínodo dos Ladrões (em 449 d.C.). Essa decisão foi anulada mais tarde pelo Concílio de Calcedônia, em 451 depois de Cristo.
O Sínodo dos Ladrões recebeu esse nome porque seus participantes roubavam características da doutrina cristocêntrica. Por esse motivo, Eutíquio foi afastado de suas atividades eclesiásticas.
Mas a Igreja egípcia continuou apoiando a doutrina de Eutíquio e manteve seus ensinos por algum tempo. Então, o eutiquianismo surge novamente no movimento monofisista.
“O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos antes de nós” (Ec 1.10)
Fonte: http://www.icp.com.br/51materia3.asp
Você sabia que o batismo pelos mortos foi uma heresia apregoada cerca de 1600 anos antes da “revelação” atribuída pelos mórmons a Joseph Smith Jr.?
Esse é apenas um dos muitos desvios doutrinários que atravessaram séculos e foram incorporados pelas seitas pseudo-cristãs.
A “revelação”, baseada na necessidade de restaurar a igreja, e a rejeição ao Antigo Testamento surgiram na mesma época e fluíram dos ensinamentos de Márcion.
Montano pregou que o fim do mundo ocorreria em sua geração e atribuiu a si o fato de iniciar e findar o ministério do Espírito Santo.
Sabélio, com seu modalismo, foi outra fonte de distorções bíblicas que até hoje é disseminada entre os evangélicos. Ainda fazem parte desse grupo Mani, com sua doutrina reencarnacionismo;
Ario, que deturpou a natureza de Yeshua/Jesus ao apresentá-lo como um ser criado (gravíssimo engano sustentado pelas testemunhas de Jeová);
Apolinário, que, ao contrário do antecedente, negou a humanidade de Cristo; Nestório, que ensinava a existência de duas pessoas distintas em Cristo;
Pelágio, que, como os islâmicos e outros grupos religiosos, negava a doutrina do pecado original; e Eutíquio, que afirmava que a natureza humana de Cristo havia sido absorvida pela divina.
Como podemos inferir, as heresias combatidas pela igreja contemporânea foram enfrentadas pela igreja primitiva que, com muito esforço e com a ajuda de concílios e credos, conseguiu defender a fé que “de uma vez por todas foi entregue aos santos”. Continuemos a defendê-la!
Márcion (95 - 165)
Informações indicam que Márcion nasceu em Sinope, no Ponto, Ásia Menor. Foi proprietário de navios, portanto, muito próspero-rico.
Aplicou sua vida à fé religiosa, primeiramente como cristão e, finalmente, ao desenvolvimento de congregações marcionitas.
Influente líder cristão, suas idéias o conduziram à exclusão, em 144 d.C. Então, formou uma escola gnóstica. Tendo uma mente prolífera, desenvolveu muitas idéias;
As quais foram lançadas em uma obra apologética alvo de combate de apologistas, especialmente Tertuliano e Epifânio.
Procurou ter uma perspectiva paulina, contudo, incluiu muitas idéias próprias e conjecturas sem respaldo bíblico. Era convicto de uma missão pessoal: restaurar o puro evangelho.
Antes, rejeitou o Antigo Testamento por achá-lo inútil e ultrapassado, além de afirmar que foi produzido por um deus inferior ao Deus dos evangelhos.
Para Márcion, o cristianismo era totalmente independente do judaísmo; era uma nova revelação. Segundo ele, Cristo pegou o deus do Antigo Testamento de surpresa e este teve de entregar as chaves do inferno a Ele.
Além disso, Cristo não era Deus, apenas uma "emanação do filho de Deus". O único apóstolo fiel ao evangelho, segundo Márcion, fora Paulo, em detrimento dos demais apóstolos e evangelistas.
Conseqüentemente, a Igreja primitiva havia desviado e, por isso, necessitava de uma restauração. Ainda segundo ele, o homem devia levar uma vida asceta, o casamento, embora legal, era aviltador.
Entre seus muitos ensinos, encontramos o batismo pelos mortos.
O cânon de Márcion restringia-se as dez epístolas de Paulo e a uma versão modificada do Evangelho de Lucas.
Gnosticismo
Nome derivado do termo grego gnosis, que significa “conhecimento”. Os gnósticos se transformaram em uma seita que defendia a posse de conhecimentos secretos.
Segundo eles, esses conhecimentos tornavam-nos superiores aos cristãos comuns, que não tinham o mesmo privilégio.
O movimento surgiu a partir das filosofias pagãs anteriores ao cristianismo que floresciam na Babilônia, Egito, Síria e Grécia (Macedônia).
Ao combinar filosofia pagã, alguns elementos da astrologia e mistérios das religiões gregas com as doutrinas apostólicas do cristianismo, o gnosticismo tornou-se uma forte influência na igreja.
A premissa básica do gnosticismo é uma cosmovisão dualista. O supremo Deus Pai emanava do mundo espiritual “bom”. A partir dele, surgiram sucessivos seres finitos (éons);
Até que um deles, Sofia, deu à luz a Demiurgo (Deus criador), que criou o mundo material “mau”, juntamente com todos os elementos orgânicos e inorgânicos que o constituem.
Cristãos gnósticos, como Márcion e Valentim, ensinavam que a salvação vem por meio desses éons, Cristo, que se esgueirou através dos poderes das trevas para transmitir o conhecimento secreto (gnoses):
E libertar os espíritos da luz, cativos no mundo material terreno, para conduzi-los ao mundo material mais elevado.
Cristo, embora parecesse ser homem, nunca assumiu um corpo; portanto, não foi sujeito às fraquezas e às emoções humanas.
Algumas evidências sugerem que uma forma incipiente de gnosticismo surgiu na era apostólica e foi o tema de várias epístolas do Novo Testamento (I João, uma das epístolas pastorais).
A maior polêmica contra os gnósticos apareceu, entretanto, no período patrístico, com os escritos apologéticos de Irineu, Tertuliano e Hipólito.
O gnosticismo foi considerado um movimento herético pelos cristãos ortodoxos. Atualmente, é submetido a muitas pesquisas, devido às descobertas dos textos de Nag Hammadi, em 1945/46, no Egito.
Muitas seitas e grupos ocultistas demonstram alguma influência do antigo gnosticismo (“Dicionário de religiões, crenças e ocultismo”. George A. Mather & Larry A Nichols. Vida, 2000, pp 175-6).
Montano (120 - 180)
Por volta do ano 150 d.C., surgiu na Frígia um profeta chamado Montano que, junto com Prisca e Maximiliana, se anunciou portador de uma nova revelação.
Inicialmente, esse novo movimento reagiu contra o gnosticismo, contudo, ele mesmo se caracterizou por tendências inovadoras. As profecias e revelações de Montano giravam em torno da segunda vinda e incentivavam o ascetismo.
Salientavam fortemente que o fim do mundo estava próximo, e esperavam esse acontecimento para a sua própria geração. Insistiam sobre estritas exigências morais, como, por exemplo, o celibato, o jejum e uma rígida disciplina moral.
Exaltavam o martírio e proibiam que seus seguidores fugissem das perseguições. Alguns pecados eram imperdoáveis, independente do arrependimento demonstrado.
Finalmente Montano afirmou ser o Paracleto, pois nele iniciaria e findaria o ministério do Espírito Santo. Prisca e Maximiliana abandonaram seus respectivos maridos para se dedicarem à obra profética de Montano.
Algumas vezes, Montano procurava esclarecer que ele era um agente do Espírito Santo, mas sempre retornava à sua primeira posição e afirmava ser o Consolador prometido.
Sua palavra deveria ser observada acima das Escrituras, porque era a palavra para aquele tempo do fim.
Esse movimento desvaneceu-se no terceiro século no Ocidente e no sexto, no Oriente.
Ascetismo
Autonegação, visão de que a matéria e o espírito estão em oposição um ao outro. O corpo físico, com suas necessidades e desejos inerentes, é incompatível com o espírito e sua natureza divina.
O ascetismo defende a idéia de que uma pessoa só alcança uma condição espiritual mais elevada se renunciar à carne e ao mundo.
O ascetismo foi amplamente aceito nas religiões antigas e ainda hoje é uma filosofia proeminente, sobretudo nas seitas e religiões orientais. Platão idealizou-o.
As seitas judaicas, como os essênios, praticavam-no fervorosamente e o cristianismo institucionalizou-o, com o desenvolvimento de várias ordens monásticas.
O gnosticismo foi o maior defensor dessa filosofia (“Dicionário de religiões, crenças e ocultismo”. George A. Mather & Larry A Nichols. Vida, 2000, p. 23).
Sabélio (180 – 250)
Nasceu na Líbia, África do Norte, no terceiro século depois de Cristo. Depois, mudou-se para a Itália, passando a viver em Roma. Ao conhecer o evangelho, logo se tornou um pensador respeitado em suas considerações teológicas.
Recebeu influência do Modalismo que já estava sendo divulgado na África.
O Modalismo ocorreu, no início, como um movimento asiático, com Noeto de Esmirna.
Os principais expoentes do movimento: Noeto, Epógono, Cleômenes e Calixto. Na África, foi ensinado por Práxeas e na Líbia, defendido por Sabélio.
Hoje, o Modalismo é muito conhecido pelo nome sabelianismo, devido à influência intelectual fornecida por Sabélio.
O objetivo de Sabélio era preservar o monoteísmo a qualquer custo. Tinha um objetivo em vista que, pensava, justificava os meios.
Ensinava que havia uma única essência na divindade, contudo, rejeitava o conceito de três Pessoas em uma só essência.
Afirmava que isso designaria um culto triteísta, isto é, de três deuses. A questão poderia ser resolvida, afirmava, pelo conceito de que Deus se apresentaria com diversas faces ou manifestações.
Primeiramente, Deus se apresentou como Deus Pai, gerando, criando e administrando. Em seguida, como Deus Filho, mediando, redimindo, executando a justiça.
E finalmente e sucessivamente, como Deus Espírito Santo, fazendo a manutenção das obras anteriores, sustentando e guardando. Uma só Pessoa e três manifestações temporárias e sucessivas.
Mani (216 - 277)
Nasceu por volta de 216 d.C. na Babilônia. Foi considerado por alguns como o último dos gnósticos. Diferente dos demais hereges, desenvolveu-se fora do cristianismo. Todavia, era um rival do evangelho.
Seus ensinos buscavam respaldo no cristianismo. Afirmava, por exemplo, ser o Paracleto, o profeta final. Em seus ensinos enfatizava a purificação pelos rituais.
Em 243 d.C., o profeta Mani teve seus ensinamentos reconhecidos por Ardashir, rei sassânida (Índia). Então, a nova fé teve o seu “pentecostes”, analogia traçada pelos maniqueístas.
Durante 34 anos, Mani e seus discípulos intensificaram seu trabalho missionário apolinário pelo leste da Ásia, Sul e Oeste da África do Norte e Europa.
A base do maniqueísmo engloba um Deus teísta que se revela ao homem. Deus usou diversos servos, como Buda, Zoroastro, Jesus e, finalmente, Mani.
Deveriam seus discípulos praticar o ascetismo e evitar a participação em alguma morte, mesmo de animais ou plantas. Deveriam evitar o casamento, antes, abraçarem o celibato.
O universo é dualista, existem duas linhas morais em existência, distintas, eternas e invictas: a luz e as trevas.
A remissão ocorre pela gnosia, conhecimento especial que os iniciados conquistavam. Entre os remidos há duas classes, os eleitos e os ouvintes.
Os eleitos não podiam nem mesmo matar uma planta, por isso eram servidos pelos ouvintes, que podiam matar plantas, mas nunca animais ou até mesmo comê-los.
Os eleitos subiriam, após a morte, para a glória, enquanto os ouvintes passariam por um longo processo de purificação. Quanto aos ímpios, continuariam reencarnando na terra. Recebeu grande influência de Márcion.
Ario (256-336)
Presbítero de Alexandria entre o fim do terceiro século e o início do quarto depois de Cristo. Foi excluído em 313, quando diácono, por apoiar, com suas atitudes, o cisma da Igreja no Egito. Após a morte do patriarca da Igreja em Alexandria, foi recebido novamente como diácono.
Depois, nomeado presbítero, quando então começou a ensinar que Jesus Cristo era um ser criado, sem nenhum dos atributos incomunicáveis de Deus, por exemplo, eternidade, onisciência, onipotência etc, pelo que foi censurado, em 318, e excluído, em 321.
Mas, infelizmente, sua influência já havia sido propagada e diversos bispos da Igreja no Oriente aceitaram o novo ensino.
Em 325, ocorreu o concílio de Niceia e Ario, apesar de excluído, pôde recorrer de sua exclusão, sendo banido. Ario preparou uma resposta ao Credo Niceno, o que impressionou muito o imperador Constantino.
Atanásio resistiu à ordem de Constantino de receber Ario em comunhão. Então Ario foi deposto e exilado em Gália, falecendo no dia em que entraria em comunhão em Constantinopla.
A base de seu ensino era estabelecer a razão natural como meios de entender a relação entre Deus e Cristo. Haveria uma só Pessoa na divindade.
O logos não foi apenas gerado, mas literalmente criado. Seria tão-somente um intermediário entre Deus e os homens e, devido à sua elevada posição, receberia adoração e glória.
Apolinário (310-390)
Foi bispo de Laodiceia da Síria no final do quarto século. Cooperou na reprodução das Escrituras. Fez oposição à afirmação de Ario quanto à criação e à mutabilidade de Cristo.
Por outro lado, se opôs ao conceito da completa união entre as naturezas divina e humana em Jesus.
Afirmava que Jesus não tinha um espírito humano. Segundo ele, o espírito de Cristo manipulava o corpo humano. Sua posição inicial era contra o arianismo, que negava a divindade de Cristo.
Em sua opinião, seria mais fácil manter a unidade da Pessoa de Cristo, contanto que o logos fosse conceituado apenas como substituto do mais elevado princípio racional do homem.
Contrapondo-se a Ario, ele advogava a autêntica divindade de Cristo, e tentava proteger sua impecabilidade substituindo o pneuma (espírito) humano pelo logos, pois julgava aquele sede do pecado.
Conseqüentemente, Apolinário negava a própria e autêntica humanidade de Jesus Cristo.
Em 381, o sínodo de Constantinopla declarou contundentemente, entre outros sínodos, herética a cristologia de Apolinário.
Apolinário formou um grupo de discípulos que manteve seus ensinos. Mas não demorou muito e o movimento se desfez.
Nestório (375-451)
Patriarca da Igreja em Constantinopla na metade do quinto século depois de Cristo. Seu objetivo de expurgar as heresias na região de seu controle encontrou problemas quando expressou sua cristologia. Encontrava-se em seu tempo idéias divergentes sobre a natureza de Cristo.
Alguns, aparentemente, negavam a existência de duas naturezas em Cristo, postulando uma única natureza. Outros, como Teodoro de Mopsuéstia, afirmavam que o entendimento deveria partir da completa humanidade de Cristo.
Teodoro negava a residência essencial do logos em Cristo, concedendo somente a residência moral. Essa posição realmente substituía a encarnação pela residência moral do logos no homem Jesus.
Contudo, Teodoro declinava das implicações de seu ensino que, inevitavelmente, levaria à dupla personalidade em Cristo, duas pessoas entre as quais haveria uma união moral. Nestório foi fortemente influenciado pelo seu mestre, Teodoro de Mopsuéstia.
O nestorianismo é deficiente, não em relação à doutrina das duas naturezas de Cristo, mas, sim, quanto à Pessoa de cada uma delas.
Concorda com a autêntica e própria deidade e a autêntica e própria humanidade, mas não são elas concebidas de forma a comporem uma verdadeira unidade, nem a constituírem uma única pessoa. As duas naturezas seriam igualmente duas pessoas.
Ao invés de mesclar as duas naturezas em uma única autoconsciência, o nestorianismo as situava lado a lado, sem outra ligação além de mera união moral e simpática entre elas. Jesus seria um hospedeiro de Cristo.
Nestor foi vigorosamente atacado por Cirilo, patriarca de Alexandria, e condenado pelo Terceiro Concílio de Éfeso, em 431.
O movimento nestoriano sobreviveu até o século quatorze. Adotaram o nome de cristãos caldeus. A Igreja persa aceitou claramente a cristologia nestoriana.
Atingiu expressão culminante no décimo terceiro século, quando dispunha de vinte e cinco arcebispos e cerca de duzentos bispos.
Nos séculos doze e treze, formou-se a Igreja Nestoriana Unida e, atualmente, seus membros são conhecidos como Caldeus Uniatas. Na Índia, são conhecidos como cristãos de São Tomé. Hoje, esse movimento está em declínio.
Pelágio (360-420)
Teólogo britânico. Teve uma vida piedosa e exemplar. Baseado exatamente nessa questão, desenvolveu conceitos sobre a hamartiologia (doutrina que estuda o pecado).
Sofreu resistência e, finalmente, foi excluído por diversos sínodos (Mileve e Catargo), sendo, ainda, condenado no Concílio de Éfeso, em 431 d.C.
Seus ensinos afirmavam que o homem poderia viver isento do pecado. Que o homem fora criado a imagem de Deus e, apesar da queda, essa imagem é real e viva.
Do contrário, o homem não seria aquele homem criado por Deus. No pelagianismo a morte é uma companheira do homem, querendo dizer que, pecando ou não, Adão finalmente morreria, ainda que não pecasse. O ideal do homem é viver obedecendo.
O pecado original é uma impossibilidade, pois o pecado depende de uma ação voluntária do pecador. Afirma ainda que, por uma vida digna, os homens podem atingir o céu, mesmo desconhecendo o evangelho. Todos serão julgados segundo o que conheciam e o que praticavam.
O livre-arbítrio era enfatizado em todas as suas afirmações, excluindo a eleição. Um século depois, desenvolveu-se o semipelagianismo, que amortecia alguns ensinos extravagantes de Pelágio.
Eutíquio (410-470)
Viveu em um mosteiro fora de Constantinopla durante a primeira metade do quinto século. Discípulo de Cirilo de Alexandria, teve grande influência e chefiava mosteiros na Igreja oriental.
Oponente do nestorianismo, afirmava que, por ocasião da encarnação, a natureza humana de Cristo foi totalmente absorvida pela natureza divina.
Era de opinião de que os atributos humanos em Cristo haviam sido assimilados pelo divino, pelo que seu corpo não seria consubstancial como o nosso, que Cristo não seria humano no sentido restrito da palavra.
Esse extremo doutrinário contou com o apoio temporário do chamado Sínodo dos Ladrões (em 449 d.C.). Essa decisão foi anulada mais tarde pelo Concílio de Calcedônia, em 451 depois de Cristo.
O Sínodo dos Ladrões recebeu esse nome porque seus participantes roubavam características da doutrina cristocêntrica. Por esse motivo, Eutíquio foi afastado de suas atividades eclesiásticas.
Mas a Igreja egípcia continuou apoiando a doutrina de Eutíquio e manteve seus ensinos por algum tempo. Então, o eutiquianismo surge novamente no movimento monofisista.
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