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Evangelho Apócrifo de Bartolomeu!
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Evangelho Apócrifo de Bartolomeu!
EVANGELHO DE BARTOLOMEU
I
Depois que Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou de entre os mortos, acercou-se dele
Bartolomeu e abordou-o desta maneira:
— Desvela-nos, Senhor, os mistérios dos céus.
Jesus respondeu-lhe:
— Se não me despojar deste corpo
carnal não os poderei desvelar.
Bartolomeu, pois, acercando-se do Senhor, disse-lhe:
—Tenho algo a dizer-lhe, Senhor.
Jesus, por sua vez, respondeu:
— Já sei o que me vais dizer. Dize-me, pois,
o que quiseres. Pergunta e eu te darei a razão.
Bartolomeu, então, falou:
— Quando ias no caminho da cruz, eu te segui de longe. E te vi a ti, dependurado no lenho, e
os anjos que, descendo dos céus,
te adoraram.
Ao sobrevierem as
trevas e eu estava a tudo
contemplando. Eu vi como desapareceste da cruz
e só pude ouvir os lamentos e o ranger de
dentes que se produziram subitamente das entranhas da terra. Dize-me, Senhor, onde foste
depois da cruz.
Jesus, então, respondeu desta forma:
— Feliz de ti, Bartolomeu, meu amado, porque te
foi dado contemplar este mistério. Agora
podes perguntar-me qualquer coisa que a ti oc
orra, porque tudo dar-te-ei eu a conhecer.
Quando desapareci da cruz, desci aos Infernos par
a dali tirar Adão e a todos que com ele se
encontravam, cedendo às suplic
as do arcanjo Gabriel.
Então disse Bartolomeu:
— E o que significa aquela voz que se ouviu?
Responde-lhe Jesus:
— Era a voz do Tártaro que dizia a Belial: a
meu modo de ver, Deus se fez presente aqui.
Quando desci, pois, com meus anjos ao Inferno
para romper os ferrolhos e as portas de
bronze, dizia ele ao Diabo:
parece-me que é como se Deus tivesse vindo à terra. E os anjos
dirigiram seus clamores
às potestades, dizendo:
levantai, ó príncipes, as portas e fazei correr
as cortinas eternas, porque o Reino da Glória vai descer à terra. E o Inferno disse:
quem é
esse Rei da Glória que vem do céu a nós?
Mas quando já havia descido quinhentos passos, o
Inferno encheu-se de turbação e disse:
parece-me que é Deus que baixa à terra, pois ouço a
voz do Altíssimo e não o posso agüentar. E o Diabo respondeu:
não percas o ânimo, Inferno;
recobra teu vigor, que Deus não desce à terra
. Quando voltei a baixar outros quinhentos
passos, os anjos e potestades exclamaram:
alçai as portas ao vosso Reino e elevai as cortinas
eternas, pois es que está para entrar o Rei da Glória. Disse de novo o Inferno:
ai de mim! Já
sinto o sopro de Deus
. E disse o Diabo ao Inferno:
para que me assustas, Inferno? Se somente
é um profeta que tem algo semelhante com Deus ... Apanhemo-lo e levemo-lo à presença
desses que crêem que está subindo ao céu. Mas replicou o Inferno:
e quem é entre os
profetas? Informa-me. É, por acaso, Enoch,
o escritor mui verdadeiro? Mas Deus não lhe
permite baixar à terra antes de seis mil anos. Ac
aso te referes a Elias, o vingador? Mas este
não poderá descer até o final do mundo. Que farei? Para nossa perdição, é chegado o fim de
tudo, pois aqui tenho escrito em minha mão o número dos anos
. Belial disse ao Tártaro:
não te perturbes. Assegura bem teus poderes e reforça
os ferrolhos. Acredita-me, Deus não baixa à
terra.
Responde o Inferno:
não posso ouvir tuas belas palavras. Sinto que se me arrebenta o
ventre e minhas entranhas enchem-se de aflição.
Outra coisa não pode ser: Deus apresentou-
se aqui. Ai de mim! Aonde irei esconder-me de seu rosto, da sua força do grande Rei? Deixa-
me que me esconda em tuas entranhas, pois fui criado antes de ti.
Naquele preciso momento,
entrei. Eu o flagelei e o atei com correntes
que não se rompem. Depois fiz sair a todos os
Patriarcas e voltei novamente para a cruz.
— Dize-me, Senhor — disse-lhe Bartolomeu.
— Quem era aquele homem de talhe gigantesco
a quem os anjos levavam em suas mãos?
Jesus respondeu:
— Aquele era Adão, o primeiro homem que foi criado, a quem fiz descer do céu à terra. E eu
lhe disse:
por ti e por teus descendentes fui pregado na cruz
. Ele, ao ouvir isso, deu um suspiro
e disse:
assim, rendo-me a ti, Senhor.
De novo disse Bartolomeu:
— Vi também os anjos que subiam diante de
Adão e que entoavam hinos, mas um destes, o
mais esbelto de todos, não queria subir. Tinha em suas mãos uma espada de fogo e fazia
sinais somente a ti. Os demais rogavam que el
e subisse ao céu, mas ele não queria. Quando,
porém, tu o mandaste subir, vi uma chama
que saia de suas mãos e que chegava à cidade de
Jerusalém.
Disse Jesus:
— Era um dos anjos encarregados de vingar o
trono de Deus. E estava suplicando a mim. A
chama que viste sair de suas mãos feriu o edifício da sinagoga dos judeus para dar
testemunho de mim, por terem eles me sacrificado.
Quando falou isso, disse aos apóstolos:
— Esperai-me neste lugar, porque hoje se oferece
um sacrifício no paraíso e ali hei de estar
para recebê-los.
Falou Bartolomeu:
— Qual é o sacrifício que se oferece hoje no paraíso?
Jesus respondeu:
— As almas dos justos, que saíram do corpo,
vão entrar hoje no Éden e, se eu não estiver lá
presente, não poderão entrar.
Bartolomeu continuou:
— Quantas almas saem diariamente deste mundo?
Disse-lhe Jesus:
— Trinta mil.—
Insistiu Bartolomeu:
— Senhor, quando te encontravas entre nós ensinando-
nos tua palavra, recebia sacrifícios no
paraíso?
— Respondeu-lhe Jesus:
— Em verdade te digo eu, meu amado, que, quando me encontrava entre vós ensinando-vos a
palavra, estava simultaneamente sentado junto de meu Pai.
Disse-lhe Bartolomeu:
— Quantas almas nascem diariamente no mundo?
Responde-lhe Jesus:
— Uma só a mais do que as que saem do mundo.
Dizendo isto, deu-lhes a paz
e desapareceu no meio deles.
II
1. Estavam os apóstolos em um lugar chamado
Chiltura, com Maria, a Mãe de Jesus Cristo.
Bartolomeu, acercando-se de Pedro, André e João, disse-lhes:
— Por que não pedimos à cheia de graça que nos diga como concebeu ao Senhor e como
pôde carregar em seu seio e dar à luz o que não pôde ser gestado?
Eles vacilaram em perguntar-lhe.
Disse Bartolomeu a Pedro:
— Tu, como corifeu e nosso mestre que és, acerca-te e pergunta-lhe.
Mas, ao ver todos vacilantes e em desacordo, Bartolomeu acercou-se dela e disse:
— Deus te salve, Tabernáculo do Altísimo; aqui
viemos todos os apóstolos a perguntar-te como
concebeste ao que é incompreensível, e como carregaste em teu seio aquele que não pôde ser
gestado, ou como, enfim, deste à luz tanta grandeza.
Maria respondeu:
— Não me interrogueis acerca deste mistério. Se
começar a falar-vos dele, sairá fogo de minha
boca e consumirá toda a terra.
Eles insistiram e Maria, não querendo dar-lhes ouvidos, disse:
— Oremos.—
Os apóstolos puseram-se de pé atrás de Maria. Esta disse a Pedro:
— E tu, Pedro, que és chefe e grande pilar, estás de pé atrás de nós? Pois não disse o Senhor
que a cabeça do varão é Cristo e a da mulher é o varão?’
Eles replicaram:
— O Senhor plantou sua tenda em ti e em tua pessoa houve por bem ser contido. Tu deves ser
nossa guia na oração.
Maria, então, disse-lhes:
— Vós sois estrelas brilhantes do
céu. Vós sois os que devem orar.
Disseram eles:
— Tu deves orar, pois que sois a Mãe do Rei Celestial.
Maria colocou-se diante deles e elevando
as mãos aos céus começou a dizer:
— Ó Deus, tu que és o Grande, o Sapientíssimo,
o Rei dos séculos, inexplicável, inefável,
aquele que com uma palavra deu consistência às magnitudes siderais, aquele que
fundamentou em afinada harmonia a excelsitude do firmamento, aquele que separou a
obscuridade tenebrosa da luz, aquele que alicerçou
em um mesmo lugar os mananciais das
águas; tu que deste base à terra, tu que não podendo ser contido nos sete céus, te dignaste a
ser contido em mim sem dor alguma, sendo Verbo
Perfeito do Pai, por quem todas as coisas
foram feitas; da glória, Senhor, a teu magnífico nome, manda-me falar na presença de teus
santos apóstolos.
Terminada a oração, disse:
— Sentemo-nos no chão e vem tu, Pedro, que és
o chefe. Senta-te à minha direita e apoia com
tua esquerda meu braço. Tu, André faz o mesmo do lado esquerdo. Tu, João, que és virgem,
segura meu peito. E tu, Bartolomeu, põe-te de joelhos atrás de mim e apóia minhas costas
para que, ao começar falar, meus ossos não se desarticulem.
Quando fizeram isso, começou ela a falar:
— Estando eu no templo de Deus, aonde recebia a
limento das mãos de um anjo, apareceu-me
certo dia uma figura que me pareceu ser angélica. Mas seu semblante era indescritível, e não
levava nas mãos nem o pão nem o cálice, como o anjo que anteriormente tinha vindo a mim.
Eis que de repente, rasgou-se o véu do templo e sobreveio um grande terremoto. Joguei-me
por terra, não podendo suportar o semblante do anjo, mas ele estendeu-me sua mão e
levantou-me. Olhei para o céu e vi uma nuvem
de orvalho que aspergiu-me da cabeça aos pés.
Então ele enxugou-me com o seu manto e disse-me:
salve, cheia de graça, cálice da eleita
.
Deu, então, um golpe com sua mão direita e apareceu um pão muito grande, que colocou
sobre o altar do templo. Comeu em primeiro lugar e em seguida deu-o a mim também. Deu
outro golpe com a aureola esquerda de sua túnica e apareceu um cálice muito grande e cheio
de vinho. Bebeu em primeiro lugar e em seguida deu-o a mim também. E meus olhos viram um
cálice transbordante e um pão. Disse-me, então:
ao cabo de três anos, eu te dirigirei
novamente minha palavra e conceberás um filho pelo qual será salva toda a criação. Tu és o
cálice do mundo. A paz esteja contigo, minha amada, e minha paz te acompanhará sempre.
Após isto, desapareceu de minha presença, ficando o templo como estava anteriormente.
Ao terminar de falar, começou a sair fogo de sua boca. Quando o mundo estava para ser
destruído, apareceu o Senhor que disse a Maria:
— Não desveles este mistério, porque se o fizerdes no dia de hoje sofrerá a criação inteira um
cataclismo.
Os apóstolos, consternados, temeram que
o Senhor pudesse irar-se contra eles.
O Senhor caminhou com eles até o Monte Moria e se sentou no meio deles. Como tinham
medo, hesitavam em perguntar-lhe. Jesus incitou-os:
— Perguntai-me o que quiserdes, pois dentro de sete dias partirei para o meu Pai e já não
estarei visível a vós nesta forma.
Eles, vacilantes, disseram:
— Permite-nos ver o abismo, como nos prometeste.
Respondeu Jesus:
— Melhor seria para vós não verdes o abismo;
mas, se o queres, segui-me e o vereis.
Ele os conduziu ao local chamado Cherudik, cujo
significado é lugar de verdade, e fez um sinal
aos anjos do Ocidente. A terra abriu-se como
um livro e o abismo apareceu. Ao vê-lo, os
apóstolos prostraram-se em terra,
mas o Senhor os ergueu dizendo:
— Não vos dizia, há pouco, que não vos faria bem verdes o abismo?’
Jesus tomou-os de novo e pôs-se a caminho do mont
e das Oliveiras. Pedro disse a Maria:
— Oh tu, cheia de graça, roga ao senhor que
nos revele os arcanjos celestiais.
Maria respondeu a Pedro:
— Oh tu, pedra escolhida por acaso não prometeu ele fundar sua Igreja sobre ti?
Pedro insistiu:
— A ti, que és um amplo tabernáculo, cabe perguntar.
Disse Maria:
— Tu és a imagem de Adão e este não foi formado da mesma maneira que Eva. Observa o sol
e vê que, tal qual Adão, ele se avantaja em brilho aos demais astros. Observa também a lua e
vê como está enodoada pela transgressão de Eva. Porque pôs Adão ao oriente e Eva ao
Ocidente, ordenando a ambos que ofereçam a face mutuamente.
Quando chegaram ao cimo do monte o Senhor afastou-se um pouco deles, e Pedro disse a
Maria:
— Tu és aquela que desfez a infração de Eva, transformando-a de vergonha em regozijo.
Quando Jesus retornou, disse-lhe Bartolomeu:
— Senhor, mostra-nos o inimigo dos homens
para que vejamos quem é e quais são suas
obras, já que nem mesmo de ti se apiedou, fazendo-te pender do patíbulo.
Jesus, fixando nele seu olhar, disse-lhe:
— Teu coração é duro. Não te é dado ver isso que pedes.
Então, Bartolomeu, todo agitado, caiu aos pés de Jesus, dizendo:
— Jesus Cristo, chama inextinguível, criador da
luz eterna, tu que hás dado a graça universal a
todos os que te amam e que nos hás outorgado por
meio da Virgem Maria o fulgor perene da
tua presença neste mundo, concede-nos o nosso desejo.
Quando Bartolomeu acaba de falar, o Senhor ergueu-se dizendo:
— Vejo que é teu desejo ver o adversário dos homens. Mas lembra-te que, ao fitá-lo, não
apenas tu mas também os demais apóstolos e Maria caireis por terra e ficareis como mortos.
Mas todos lhe disseram:
— Senhor, vejamo-lo.
Então fê-los descer do monte das Oliveiras.
E, havendo lançado um olhar enfurecido aos anjos
que custodiavam o Tártaro, ordenou a Micael que
fizesse soar a trombeta fortemente. Quando
este o fez, Belial subiu aprisionado por
6 064 anjos e atado com correntes de fogo.
O dragão tinha de altura mil e seiscentos côvados
e de largura, quarenta. Seu rosto era como
uma centelha e seus olhos, tenebrosos. Do seu
nariz saía uma fumaça malcheirosa e sua
boca era como a face de um precipício.
Ao vê-lo, os apóstolos caíram por terra sobre os rostos e ficaram como que mortos. Jesus
acercou-se deles, ergueu-os
e infundiu-lhes ânimo.
Disse a Bartolomeu:
— Pisa com teu próprio pé sua cerviz e pergunta-lhe quais foram suas obras até agora e como
engana os homens.
Jesus estava de pé com os demais apóstolos. Bartolomeu, temeroso, ergueu a voz e disse:
— Bendito seja desde agora e para sempre o nome de teu reino imortal.
Quando ele acabou de dizer isso, Jesus o exortou de novo:
— Anda, pisa a cerviz de Belial.
Bartolomeu caminhou apressadamente para Belial e pisou-lhe o pescoço, deixando-o a tremer.
Bartolomeu fugiu assustado, dizendo:
— Deixa-me pegar a borda de tuas vestes
para que me atreva a aproximar-me dele.
Jesus respondeu-lhe:
— Não podes tocar a fímbria das minhas vestes porque não são as mesma que eu tinha antes
de ser crucificado.
Disse-lhe Bartolomeu:
— Tenho medo, Senhor, de que, assim como não se compadeceu dos anjos, da mesma
maneira me esmague também a mim.
Respondeu Jesus:
— Mas por acaso não se acertaram todas as coisas graças à minha palavra e à inteligência de
meu Pai? A Salomão se submeteram os espíritos. Vai tu, pois, em meu nome, e pergunta-lhe o
que quiseres.
Ao fazer Bartolomeu o sinal da cruz e orar a Jesus, irrompeu um incêndio e as vestes do
apóstolo foram tomadas pelas chamas.
Disse-lhe então Jesus de novo:
— Pisa, como te disse, na cerviz, de maneira que possas perguntar-lhe qual é o seu poder.
Bartolomeu, pois, se foi e pisou-lhe a cerviz,
que trazia oculta até as
orelhas, dizendo-lhe:
— Dizei-me quem és tu e qual é teu nome.
Bartolomeu, afrouxou-lhe um pouco as ligaduras e lhe disse:
— Conta tudo quanto tens feito.
Respondeu Belial:
— A princípio me chamava Satanail, que quer dizer mensageiro de Deus, Mas, desde que não
reconheci a imagem de Deus, meu nome foi mudado para Satanás, que quer dizer anjo
guardião do tártaro.
Bartolomeu falou de novo:
— Conta tudo sem nada ocultar.
Ele respondeu:
— Juro-te pela glória de Deus que, ainda que quisesse ocultá-lo, ser-me-ia impossível. Está
aqui presente aquele que me acusa. E se me fosse possível vos faria desaparecer a todos da
mesma maneira que o fiz com aquele que pregou para vós. Também fui chamado primeiro anjo
porque, quando Deus fez o céu e a terra, apanhou um punhado de fogo e formou-me a mim
primeiro e o segundo foi Micael, e o terceiro Gabriel, e o quarto Rafael, e o quinto Uriel, o sexto
Xathsnael e assim outros seis mil anjos, cujos
nomes me é impossível pronunciar, pois são os
lictores de Deus e me flagelam sete vezes a cada dia e sete vezes a cada noite. Não me
deixam um momento e são os encarregados de minar minhas forças. Os
anjos vingadores são
estes que estão diante do trono de Deus. Eles fora
m criados primeiro. Depois destes foi criada
a multidão dos anjos: no primeiro céu há cem
miríades; no segundo, cem miríades; no terceiro,
cem miríades; no quarto, cem miríades; no quinto,
cem miríades, no sexto, cem miríades; no
sétimo, cem miríades. Fora do âmbito dos sete
céus está o primeiro firmamento, onde residem
as potestades que exercem sua atividade sobre
o homem. Há também outros quatro anjos: Um
é Bóreas, cujo nome é Vroil Cherum, tem na mão uma vara de fogo e neutraliza a força que a
umidade exerce sobre a terra, para que esta não chegue a secar. Outro anjo está no Aquilon e
seu nome é Elvisthá. Etalfatha tem a ser cargo
o Aquilon. E ambos, ele e Mauch, que está na
Bóreas, mantêm em suas mãos
tochas incendiadas e varas de
fogo para neutralizar o frio, o
frio dos ventos, de maneira que a terra não se resseque e o mundo não pereça. Cedor cuida do
Austro, para que o sol não perturbe a terra, pois Levenior apaga a chama que sai da boca
daquele, para que a terra não seja abrasada. Há outro anjo que exerce domínio sobre o mar e
reduz o empuxo das ondas. O mais não estou a revelar.
Insistiu Bartolomeu:
— Anda dize-me, malfeitor e mentiroso,
ladrão desde o berço, cheio de amargura, engano,
inveja e astúcia, velho réptil, trapaceiro, lobo
rapasse, como te arrumas para induzir os homens
a deixar o Deus vivo, criador de todas as coisas, que fez o céu e a terra e tudo que neles está
contido? Pois és sempre inimigo do gênero humano.
Disse o Anticristo:
— Dir-te-ei. Es aqui uma roda que sobe do abismo e tem sete facas de fogo. A primeira delas
tem doze canais.
Perguntou-lhe Bartolomeu:
— Quem está nas facas?
Respondeu o Anticristo:
— No canal ígneo da primeira faca ficam os inclinados ao sortilégio, à adivinhação e à arte de
encantamento e também os que neles crêem e o buscam, já que por malícia de seu coração
buscaram adivinhações falsas. No segundo canal
de fogo vão os blasfemos, que maldizem de
Deus, de seu próximo e das Escrituras. Também
ficam ai os feiticeiros e os que os buscam e
lhes dão crédito. Entre os meus encontram-se também os suicidas, os que se lançam à água,
ou se enforcam, ou se ferem com a espada. Todos esses estarão comigo. No terceiro canal
vão os homicidas, os que se entregam à idolat
ria e os que se deixam dominar pela avareza ou
pela inveja, que foi o que me arrojou do céu à terra. Nos demais canais vão os perjuros, os
soberbos, os ladrões, os que
desprezam os peregrinos, os
que não dão esmolas, os que não
ajudam os encarcerados, os caluniadores, os que não amam o próximo e os demais pecadores
que não buscam a Deus ou o servem debilmente. A todos esses eu os submeto ao meu
arbítrio.
Tornou, então, Bartolomeu:
— Dize-me, diabo mentiroso e insincero! Fazes tu essas coisas pessoalmente ou por
intermédio de teus iguais?
Respondeu-lhe o Anticristo:
—Oh se eu pudesse sair e fazer essas coisas por mim mesmo! Em três dias destruiria o mundo
inteiro. Desgraçadamente, porém, nem eu nem nenhum dos que foram arrojados juntamente
comigo podemos sair. Temos, todavia, outros ministros mais fracos que, por sua vez, atraem
outros colegas ao quais emprestamos nossa vestimentas e mandamos semear insídias que
enredem as almas dos homens com muita
suavidade, afagando-as, para que se deixem
dominar pela embriaguez, a avareza, a blasfêmia, o homicídio, o furto, a fornicação, a
apostasia, a idolatria, o abandono da Igreja, o
desprezo da Cruz, o falso testemunho, enfim,
tudo o que Deus abomina. Isso é o que nós fazemos. A uns nós os deitamos ao fogo. A outros,
nós os lançamos das árvores para que se afoguem. A uns rompemos pés e mãos e a outros
lhes arrancamos os olhos. Estas e outras cois
as são o que fazemos. Oferecemos ouro e prata
e tudo mais que é cobiçável no mundo e àqueles que não conseguimos que pequem despertos
fazemo-los pecar adormecidos. Também direi os nomes dos anjos de Deus que nos são
contrários. Um deles chama-se Mermeoth, que
é o que domina as tempestades. Meus satélites
o conjuram e ele lhe dá permissão para que habitem onde queiram; mas ao voltar se
incendeiam. Há outros cinquenta anjos que têm debaixo do seu poder o raio. Quando algum
espírito, dentre os nossos, quiser sair pelo mar ou pela terra, esses anjos desferem contra ele
uma descarga de pedra. Com isso ateiam o fogo
e fazem fender as rochas e as árvore. E
quando conseguem dar conosco nos perseguem, obedecendo ao mandato daquele a quem
servem. Graças a esse mandato, tu podes
exercer poder sobre mim, pelo que me vejo
obrigado, muito a meu pesar, a revelar-te o
segredo e as coisas que não pensava dizer-te.
Continuou Bartolomeu:
— Que tens feito e o que continuas fazendo ainda? Revela-me, Satanás!
Este respondeu:
— Tinha pensado não confessar-te todo o segredo,
mas, por aquele que preside ao Universo,
cuja cruz me lançou ao cativeiro, não posso ocultar-te nada.
Disse o Senhor Jesus a Bartolomeu:
— Afrouxa-lhes as ligaduras e ordena-lhe que
retorne a seu lugar até a vinda do Senhor.
Quanto ao mais, já me encarregarei eu mesmo de revelar-vos. Porque é necessário nascer de
novo para que aqueles que passaram pela prova possam entrar no Reino dos céus, de onde foi
expulso este inimigo por sua soberba, juntam
ente com aqueles de cujo conselho se servia.
Após isso, disse o apóstolo Bartolomeu ao Anticristo:
— Volta condenado e inimigo dos homens, ao abismo até a vinda de Nosso Senhor Jesus
Cristo, o qual há de vir julgar os vivos e mortos e ao mundo inteiro por meio do fogo e a
condenar-te a ti e a todos os teus semelhantes. Não tentes daqui em diante continuar
praticando isso que foste obrigado a revelar.
Satanás, lançando vozes misturadas com rugidos e gemidos, disse:
— Ai de mim, que tenho me servido de mulheres para enganar a tantos e acabei por ser
burlado por uma virgem! Agora vejo-me aferrolhado e atado com cadeias de fogo pelo seu filho
e estou ardendo de péssima maneira. Ó virgindade, que estás sempre contra mim! Ainda não
se passaram os sete mil anos. como, pois,
me vi condenado a confessar as coisas que acabo
de dizer?
O apóstolo Bartolomeu, admirando a audácia do inimigo e confiando no poder do salvador,
disse a Satã:
— Dize-me, imundíssimo demônio, a causa pela
qual foste banido do mais alto do céu. Pois
prometeste revelar-me tudo.
Respondeu o Diabo:
— Quando Deus se propôs a formar Adão,
pai dos homens, à sua imagem, ordenou a quatro
anjos que trouxessem terra das quatro partes do globo e água dos quatro rios do paraíso. Eu
estava no mundo naquela ocasião e o homem passou a ser um animal vivente nos quatros
rincões da terra onde eu estava. Então D
eus o abençoou porque era sua imagem. Depois
vieram render-lhe suas homenagens Micael, Gabriel e Uriel. Quando voltei ao mundo, disse-me
o arcanjo Micael:
adora essa figura que Deus fez segundo sua vontade. Eu me dei conta de
que a criatura havia sido feita de barro e disse:
eu fui feito de fogo e água e antes do que este.
Eu não adoro o barro da terra. De novo me disse Micael:
adora-o, antes que o Senhor se
aborreça contig. Eu repliquei:
o Senhor não se irritará comigo. Eu vou colocar meu trono
contra o dele. Então Deus enfureceu-se comigo, m
andou abrir as comportas do céu e me
arrojou à terra. Depois que fui expulso, perguntou o Senhor aos demais anjos que estavam às
minhas ordens se se dispunham a render-se diante da obra que havia feito com suas mãos e
eles disseram:
assim como vimos que nosso chefe não dobrou sua cerviz, da mesma maneira
não adoraremos um ser inferior a nós. Naquele momento mesmo foram eles expulsos como
eu. Ficamos adormecidos durante um período
de quarenta anos. Ao despertar, percebi que
dormiam os que estavam abaixo de mim e os despertei, seguindo meu capricho. Depois discuti
com eles uma forma de lograr o homem por cuja causa fui expulso do céu. Tomada a
resolução, descobri como podia seduzi-lo. Tomei em minhas mãos umas folhas de figueira,
enxuguei com elas o suor do meu peito e das minhas axilas e atirei-as
ao rio. Eva, então, ao
beber daquela água, conheceu o desejo carnal e o
ofereceu ao marido. A ambos pareceu doce
o sabor e não deram conta do amargo de haverem prevaricado. Se não houvessem bebido
dessa água, jamais poderia eu enredá-los, pois outro meio eu não tinha para poder superá-los
senão esse.
O apóstolo Bartolomeu pôs-se a orar, dizendo :
— Oh, Senhor Jesus cristo! Ordena-lhe que entre no Inferno porque se mostra insolente
comigo.
Disse Jesus Cristo a Satã:
—Vai, desce ao abismo e fica ali até minha chegada.
No mesmo instante o Diabo desapareceu.
Bartolomeu, caindo aos pés de Nosso Senhor Jesus Cristo, começou a dizer, banhado em
lágrimas:
— Abba! Pai! Tu que continuas sendo único e glorioso Verbo do Pai, por que foram feitas todas
as coisas; tu, a quem não te puderam conter os sete céus e que tiveste por habitar o seio de
uma Virgem; a quem a Virgem gerou e deu à luz sem dor; tu, Senhor, elegeste aquela a quem
verdadeiramente pudeste chamar mãe, rainha e
escrava. Mãe, porque por ela te dignaste
descer e dela tomaste carne mortal. E rainha por
que a constituíste rainha das virgens. Tu que
chamas os quatro rios e eles
obedecem tuas ordens e se apressam a servi-te. O primeiro, o rio
dos Filósofos, para a unidade da Igreja e da Fé, que foi revelada no mundo. O segundo, o
Geon, porque foi feito da terra, ou também pelos
dois testamentos. O terceiro, o tigre, porque
aos que cremos no Pai, no Filho e no Espirito Santo, Deus único por quem foram feitas todas
as coisas no céu e na terra, nos foi revelada a Trindade sempiterna, que está nos céus.
O quarto, o Eufrates, porque tu te dignaste sa
ciar toda alma vivente por meio do banho da
regeneração, que representava a imagem dos
Evangelhos que correm por toda a órbita da
Terra e que te dignaste anunciar por teus serv
os, para que, por meio da confissão e da fé,
sejam salvos todos os que crêem em teu nome
grande e terrível e em teus santos Evangelhos,
de maneira que possam alcançar a vida que ainda não possuem.
Continuou Bartolomeu:
— É lícito revelar estas coisas a todos os homens.
Disse-lhe Jesus:
— Pode dá-las a conhecer a todos que sejam crentes e observem este mistério que acabo de
desvendar-vos. Pois entre os gentios há alguns
que são idolatras, ébrio, fornicadores,
maldosos, feiticeiros, malvados, que seguem
as artimanhas do inimigo e que odeiam o
próximo. Todos esses não são dignos de ouvir esse mistério. Mas são dignos de ouvi-lo todos
os que guardam meus mandamentos, os que recebem em si as palavras de Vida eterna que
não têm fim, e todos os que têm fim, e todos os
que têm parte nos céus co
m os Santos, justos
e fiéis no reino do meu Pai. Todos aquele que se hajam conservado imunes ao erro da
iniquidade e hajam seguindo o caminho da salvação e
da justiça, devem ouvir este mistério. E
tu, Bartolomeu, és feliz, juntamente a tua geração.
Bartolomeu, ao escrever todas essas coisas
que ouviu dos lábios de Nosso Senhor Jesus
Cristo, mostrou toda sua alegria no rosto e bendisse
o Pai, o Filho e o Espírito Santo, dizendo:
— Glória a Ti, Senhor, redentor dos pecadores, vida dos justo, amante da castidade.
O Senhor disse, então, batendo no peito:
— Eu, sou bom, manso e benigno, misericordioso e
clemente, forte e justo,
admirável e santo,
médico e defensor de órfãos e viúvas, remunerador
dos justos e fiéis, juiz de vivos e mortos,
luz de luz e resplendor da claridade, consolador dos atribulados e cooperador dos pupilos;
Alegrai-vos comigo, amigos meus, e recebei meu
presente. Hoje vou dar-vos um dom celeste.
A todos os que em mim tenham depositado suas
aspiração e sua fé, e a vós, estou
galardoando com a vida eterna.
Bartolomeu e os demais apóstolos puseram-se
a glorificar o Senhor Jesus, dizendo:
— Glória a ti, pai dos céus, rei da vida eterna, foco de luz inextinguível, sol radiante e
resplendor da claridade perpétua, reis dos reis, senhor dos senhores. A ti seja dada a
magnificência, a glória, o império, o reino, a
honra e o poder, juntamente com o Pai e o Espírito
Santo. Bendito seja o Senhor Deus de Israel
porque nos visitou e redimiu seu povo da mão de
seus inimigos e usou conosco de misericórdia
e justiça. Louvai a Nosso Senhor Jesus Cristo
todas as nações e crede que ele é o juiz de vivos e
mortos e o salvador dos fiéis. O qual vive e
reina, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Amém.
Última edição por Gideão da CCB Livre em Sex Ago 23, 2013 6:02 pm, editado 1 vez(es)
Re: Evangelho Apócrifo de Bartolomeu!
EVANGELHOS APÓCRIFOS
A g n u s D e i
Quem quiser ler todos estes Livros, vá neste link:
http://www.suaaltezaogato.com.br/arq/Estante%20de%20Vidro/Evangelhos_Apocrifos_%28Apologetica%29.pdf
APOLOGÉTICA
Quais são os livros apócrifos?
Como já vimos no artigo "Qual a importância dos apócrifos?"
, existem alguns livros escritos
antes ou pouco depois de Cristo que tinham como
intenção figurar como Escritura Sagrada.
Mas, pelo Magistério da Igreja e assistência
do Espírito Santo, esses livros espúrios foram
definitivamente afastados, restando apenas o cânon
bíblico que guardamos até hoje. Por esse
motivo, muitos desapareceram, outros sobreviv
eram em uma ou outra comunidade antiga, ou,
ainda, em traduções, fragmentos ou citações.
A seguir, apresentamos uma lista exausti
va de livros apócrifos do Antigo e do Novo
Testamento que, embora longa, provavelment
e não esgota todos os livros escritos ou
existentes, porém, bem demonstra a quanti
dade de livros escritos com a intenção de
"completar" a Bíblia.
Incluímos também, ao final, os manuscritos encont
rados em Qumran, nas grutas do Mar Morto,
que foram escritos ou preservados por uma
comunidade que vivia nesse deserto separada dos
grupos religiosos da Palestina do tempo de Jesu
s (Saduceus, Fariseus, Samaritanos, etc.).
Esse grupo, denominado
Essênio
, como podemos ver, considerava o Antigo Testamento como
Escritura Sagrada (inclusive os deuterocanônicos),
mas tinha como característica própria seguir
ainda outros "livros sagrados".
Portanto, temos como apócrifos as seguintes obras:
ANTIGO TESTAMENTO
1. Apocalipse de Adão
2. Apocalipse de Baruc
3. Apocalipse de Moisés
4. Apocalipse de Sidrac
5. As Três Estelas de Seth
6. Ascensão de Isaías
7. Assunção de Moisés
8. Caverna dos Tesouros
9. Epístola de Aristéas
10. Livro dos Jubileus
11. Martírio de Isaías
12. Oráculos Sibilinos
13. Prece de Manassés
14. Primeiro Livro de Adão e Eva
15. Primeiro Livro de Enoque
16. Primeiro Livro de Esdras
17. Quarto Livro dos Macabeus
18. Revelação de Esdras
19. Salmo 151
20. Salmos de Salomão (ou Odes de Salomão)
21. Segundo Livro de Adão e Eva
22. Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque)
23. Segundo Livro de Esdras (
ou Quarto Livro de Esdras)
24. Segundo Tratado do Grande Seth
25. Terceiro Livro dos Macabeus
26. Testamento de Abraão
27. Testamento dos Doze Patriarcas
28. Vida de Adão e Eva
NOVO TESTAMENTO
1. A Hipostase dos Arcontes
2. (Ágrafos Extra-Evangelhos)
3. (Ágrafos de Origens Diversas)
4. Apocalipse da Virgem
5. Apocalipse de João o Teólogo
6. Apocalipse de Paulo
7. Apocalipse de Pedro
8. Apocalipse de Tomé
9. Atos de André
10. Atos de André e Mateus
11. Atos de Barnabé
12. Atos de Filipe
13. Atos de João
14. Atos de João o Teólogo
15. Atos de Paulo
16. Atos de Paulo e Tecla
17. Atos de Pedro
18. Atos de Pedro e André
19. Atos de Pedro e Paulo
20. Atos de Pedro e os Doze Apóstolos
21. Atos de Tadeu
22. Atos de Tomé
23. Consumação de Tomé
24. Correspondência entre Paulo e Sêneca
25. Declaração de José de Arimatéia
26. Descida de Cristo ao Inferno
27. Discurso de Domingo
28. Ditos de Jesus ao rei Abgaro
29. Ensinamentos de Silvano
30. Ensinamentos do Apóstolo [T]adeu
31. Ensinamentos dos Apóstolos
32. Epístola aos Laodicenses
33. Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
34. Epístola de Jesus ao rei Abgaro (2 versões)
35. Epístola de Pedro a Filipe
36. Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes
37. Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
38. Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos
39. Epístola do rei Abgaro a Jesus
40. Epístola dos Apóstolos
41. Eugnostos, o Bem-Aventurado
42. Evangelho Apócrifo de João
43. Evangelho Apócrifo de Tiago
44. Evangelho Árabe de Infância
45. Evangelho Armênio de Infância (fragmentos)
46. Evangelho da Verdade
47. Evangelho de Bartolomeu
48. Evangelho de Filipe
49. Evangelho de Marcião
50. Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria de Betânia)
51. Evangelho de Matias (ou Tradições de Matias)
52. Evangelho de Nicodemos (ou Atos de Pilatos)
53. Evangelho de Pedro
54. Evangelho de Tome o Dídimo
55. Evangelho do Pseudo-Mateus
56. Evangelho do Pseudo-Tomé
57. Evangelho dos Ebionitas (ou Evangelho dos Doze Apóstolos)
58. Evangelho dos Egípcios
59. Evangelho dos Hebreus
60. Evangelho Secreto de Marcos
61. Exegese sobre a Alma
62. Exposições Valentinianas
63. (Fragmentos Evangélicos
Conservados em Papiros)
64. (Fragmentos Evangélicos de Textos Coptas)
65. História de José o Carpinteiro
66. Infância do Salvador
67. Julgamento de Pôncio Pilatos
68. Livro de João o Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria
69. Martírio de André
70. Martírio de Bartolomeu
71. Martírio de Mateus
72. Morte de Pôncio Pilatos
73. Natividade de Maria
74. O Pensamento de Norea
75. O Testemunho da Verdade
76. O Trovão, Mente Perfeita
77. Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
78. "Pistris Sophia" (fragmentos)
79. Prece de Ação de Graças
80. Prece do Apóstolo Paulo
81. Primeiro Apocalipse de Tiago
82. Proto-Evangelho de Tiago
83. Retrato de Jesus
84. Retrato do Salvador
85. Revelação de Estevão
86. Revelação de Paulo
87. Revelação de Pedro
88. Sabedoria de Jesus Cristo
89. Segundo Apocalipse de Tiago
90. Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus
91. Sobre a Origem do Mundo
92. Testemunho sobre o Oitavo e o Nono
93. Tratado sobre a Ressurreição
94. Vingança do Salvador
95. Visão de Paulo
ESCRITOS DE QUMRAN
1. A Nova Jerusalém (5Q15)
2. A Sedutora (4Q184)
3. Antologia Messiânica (4Q175)
4. Bênção de Jacó (4QPBl)
5. Bênçãos (1QSb)
6. Cânticos do Sábio (4Q510-4Q511)
7. Cânticos para o Holocausto do Sábado (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)
8. Comentários sobre a Lei (4Q159/4Q513-4Q514)
9. Comentários sobre Habacuc (1QpHab)
10. Comentários sobre Isaías (4Q161-4Q164)
11. Comentários sobre Miquéias (1Q14)
12. Comentários sobre Naum (4Q169)
13. Comentários sobre Oséias (4Q166-4Q167)
14. Comentários sobre Salmos (4Q171/4Q173)
15. Consolações (4Q176)
16. Eras da Criação (4Q180)
17. Escritos do Pseudo-Daniel (4QpsDan/4Q246)
18. Exortação para Busca da Sabedoria (4Q185)
19. Gênese Apócrifo (1QapGen)
20. Hinos de Ação de Graças (1QH)
21. Horóscopos (4Q186/4QMessAr)
22. Lamentações (4Q179/4Q501)
23. Maldições de Satanás e seus Partidários (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)
24. Melquisedec, o Príncipe Celeste (11QMelq)
25. O Triunfo da Retidão (1Q27)
26. Oração Litúrgica (1Q34/1Q34bis)
27. Orações Diárias (4Q503)
28. Orações para as Festividades (4Q507-4Q509)
29. Os Iníqüos e os Santos (4Q181)
30. Os Últimos Dias (4Q174)
31. Palavras das Luzes Celestes (4Q504)
32. Palavras de Moisés (1Q22)
33. Pergaminho de Cobre (3Q15)
34. Pergaminho do Templo (11QT)
35. Prece de Nabonidus (4QprNab)
36. Preceito da Guerra (1QM/4QM)
37. Preceito de Damasco (CD)
38. Preceito do Messianismo (1QSa)
39. Regra da Comunidade (1QS)
40. Rito de Purificação (4Q512)
41. Salmos Apócrifos (11QPsa)
42. Samuel Apócrifo (4Q160)
43. Testamento de Amran (4QAm)
OUTROS ESCRITOS
1. História do Sábio Ahicar
2. Livro do Pseudo-Filon
Relembramos que esses livros não possuem qualquer valor doutrinário, podendo, no máximo,
esclarecer alguns aspectos históricos da época em
que foram escritos ou refletir as idéias
defendidas pelos grupos heréticos que os usavam.
Copyright (c)1998, por Carlos Martins Nabeto.
Todos os direitos reservados.
Quem quiser ler todos estes Livros, vá neste link:
http://www.suaaltezaogato.com.br/arq/Estante%20de%20Vidro/Evangelhos_Apocrifos_%28Apologetica%29.pdf
A g n u s D e i
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http://www.suaaltezaogato.com.br/arq/Estante%20de%20Vidro/Evangelhos_Apocrifos_%28Apologetica%29.pdf
APOLOGÉTICA
Quais são os livros apócrifos?
Como já vimos no artigo "Qual a importância dos apócrifos?"
, existem alguns livros escritos
antes ou pouco depois de Cristo que tinham como
intenção figurar como Escritura Sagrada.
Mas, pelo Magistério da Igreja e assistência
do Espírito Santo, esses livros espúrios foram
definitivamente afastados, restando apenas o cânon
bíblico que guardamos até hoje. Por esse
motivo, muitos desapareceram, outros sobreviv
eram em uma ou outra comunidade antiga, ou,
ainda, em traduções, fragmentos ou citações.
A seguir, apresentamos uma lista exausti
va de livros apócrifos do Antigo e do Novo
Testamento que, embora longa, provavelment
e não esgota todos os livros escritos ou
existentes, porém, bem demonstra a quanti
dade de livros escritos com a intenção de
"completar" a Bíblia.
Incluímos também, ao final, os manuscritos encont
rados em Qumran, nas grutas do Mar Morto,
que foram escritos ou preservados por uma
comunidade que vivia nesse deserto separada dos
grupos religiosos da Palestina do tempo de Jesu
s (Saduceus, Fariseus, Samaritanos, etc.).
Esse grupo, denominado
Essênio
, como podemos ver, considerava o Antigo Testamento como
Escritura Sagrada (inclusive os deuterocanônicos),
mas tinha como característica própria seguir
ainda outros "livros sagrados".
Portanto, temos como apócrifos as seguintes obras:
ANTIGO TESTAMENTO
1. Apocalipse de Adão
2. Apocalipse de Baruc
3. Apocalipse de Moisés
4. Apocalipse de Sidrac
5. As Três Estelas de Seth
6. Ascensão de Isaías
7. Assunção de Moisés
8. Caverna dos Tesouros
9. Epístola de Aristéas
10. Livro dos Jubileus
11. Martírio de Isaías
12. Oráculos Sibilinos
13. Prece de Manassés
14. Primeiro Livro de Adão e Eva
15. Primeiro Livro de Enoque
16. Primeiro Livro de Esdras
17. Quarto Livro dos Macabeus
18. Revelação de Esdras
19. Salmo 151
20. Salmos de Salomão (ou Odes de Salomão)
21. Segundo Livro de Adão e Eva
22. Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque)
23. Segundo Livro de Esdras (
ou Quarto Livro de Esdras)
24. Segundo Tratado do Grande Seth
25. Terceiro Livro dos Macabeus
26. Testamento de Abraão
27. Testamento dos Doze Patriarcas
28. Vida de Adão e Eva
NOVO TESTAMENTO
1. A Hipostase dos Arcontes
2. (Ágrafos Extra-Evangelhos)
3. (Ágrafos de Origens Diversas)
4. Apocalipse da Virgem
5. Apocalipse de João o Teólogo
6. Apocalipse de Paulo
7. Apocalipse de Pedro
8. Apocalipse de Tomé
9. Atos de André
10. Atos de André e Mateus
11. Atos de Barnabé
12. Atos de Filipe
13. Atos de João
14. Atos de João o Teólogo
15. Atos de Paulo
16. Atos de Paulo e Tecla
17. Atos de Pedro
18. Atos de Pedro e André
19. Atos de Pedro e Paulo
20. Atos de Pedro e os Doze Apóstolos
21. Atos de Tadeu
22. Atos de Tomé
23. Consumação de Tomé
24. Correspondência entre Paulo e Sêneca
25. Declaração de José de Arimatéia
26. Descida de Cristo ao Inferno
27. Discurso de Domingo
28. Ditos de Jesus ao rei Abgaro
29. Ensinamentos de Silvano
30. Ensinamentos do Apóstolo [T]adeu
31. Ensinamentos dos Apóstolos
32. Epístola aos Laodicenses
33. Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
34. Epístola de Jesus ao rei Abgaro (2 versões)
35. Epístola de Pedro a Filipe
36. Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes
37. Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
38. Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos
39. Epístola do rei Abgaro a Jesus
40. Epístola dos Apóstolos
41. Eugnostos, o Bem-Aventurado
42. Evangelho Apócrifo de João
43. Evangelho Apócrifo de Tiago
44. Evangelho Árabe de Infância
45. Evangelho Armênio de Infância (fragmentos)
46. Evangelho da Verdade
47. Evangelho de Bartolomeu
48. Evangelho de Filipe
49. Evangelho de Marcião
50. Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria de Betânia)
51. Evangelho de Matias (ou Tradições de Matias)
52. Evangelho de Nicodemos (ou Atos de Pilatos)
53. Evangelho de Pedro
54. Evangelho de Tome o Dídimo
55. Evangelho do Pseudo-Mateus
56. Evangelho do Pseudo-Tomé
57. Evangelho dos Ebionitas (ou Evangelho dos Doze Apóstolos)
58. Evangelho dos Egípcios
59. Evangelho dos Hebreus
60. Evangelho Secreto de Marcos
61. Exegese sobre a Alma
62. Exposições Valentinianas
63. (Fragmentos Evangélicos
Conservados em Papiros)
64. (Fragmentos Evangélicos de Textos Coptas)
65. História de José o Carpinteiro
66. Infância do Salvador
67. Julgamento de Pôncio Pilatos
68. Livro de João o Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria
69. Martírio de André
70. Martírio de Bartolomeu
71. Martírio de Mateus
72. Morte de Pôncio Pilatos
73. Natividade de Maria
74. O Pensamento de Norea
75. O Testemunho da Verdade
76. O Trovão, Mente Perfeita
77. Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
78. "Pistris Sophia" (fragmentos)
79. Prece de Ação de Graças
80. Prece do Apóstolo Paulo
81. Primeiro Apocalipse de Tiago
82. Proto-Evangelho de Tiago
83. Retrato de Jesus
84. Retrato do Salvador
85. Revelação de Estevão
86. Revelação de Paulo
87. Revelação de Pedro
88. Sabedoria de Jesus Cristo
89. Segundo Apocalipse de Tiago
90. Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus
91. Sobre a Origem do Mundo
92. Testemunho sobre o Oitavo e o Nono
93. Tratado sobre a Ressurreição
94. Vingança do Salvador
95. Visão de Paulo
ESCRITOS DE QUMRAN
1. A Nova Jerusalém (5Q15)
2. A Sedutora (4Q184)
3. Antologia Messiânica (4Q175)
4. Bênção de Jacó (4QPBl)
5. Bênçãos (1QSb)
6. Cânticos do Sábio (4Q510-4Q511)
7. Cânticos para o Holocausto do Sábado (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)
8. Comentários sobre a Lei (4Q159/4Q513-4Q514)
9. Comentários sobre Habacuc (1QpHab)
10. Comentários sobre Isaías (4Q161-4Q164)
11. Comentários sobre Miquéias (1Q14)
12. Comentários sobre Naum (4Q169)
13. Comentários sobre Oséias (4Q166-4Q167)
14. Comentários sobre Salmos (4Q171/4Q173)
15. Consolações (4Q176)
16. Eras da Criação (4Q180)
17. Escritos do Pseudo-Daniel (4QpsDan/4Q246)
18. Exortação para Busca da Sabedoria (4Q185)
19. Gênese Apócrifo (1QapGen)
20. Hinos de Ação de Graças (1QH)
21. Horóscopos (4Q186/4QMessAr)
22. Lamentações (4Q179/4Q501)
23. Maldições de Satanás e seus Partidários (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)
24. Melquisedec, o Príncipe Celeste (11QMelq)
25. O Triunfo da Retidão (1Q27)
26. Oração Litúrgica (1Q34/1Q34bis)
27. Orações Diárias (4Q503)
28. Orações para as Festividades (4Q507-4Q509)
29. Os Iníqüos e os Santos (4Q181)
30. Os Últimos Dias (4Q174)
31. Palavras das Luzes Celestes (4Q504)
32. Palavras de Moisés (1Q22)
33. Pergaminho de Cobre (3Q15)
34. Pergaminho do Templo (11QT)
35. Prece de Nabonidus (4QprNab)
36. Preceito da Guerra (1QM/4QM)
37. Preceito de Damasco (CD)
38. Preceito do Messianismo (1QSa)
39. Regra da Comunidade (1QS)
40. Rito de Purificação (4Q512)
41. Salmos Apócrifos (11QPsa)
42. Samuel Apócrifo (4Q160)
43. Testamento de Amran (4QAm)
OUTROS ESCRITOS
1. História do Sábio Ahicar
2. Livro do Pseudo-Filon
Relembramos que esses livros não possuem qualquer valor doutrinário, podendo, no máximo,
esclarecer alguns aspectos históricos da época em
que foram escritos ou refletir as idéias
defendidas pelos grupos heréticos que os usavam.
Copyright (c)1998, por Carlos Martins Nabeto.
Todos os direitos reservados.
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Gideões da CCB Livre de Religião. :: Fórum para Ensinar como Ser Livre da Escravidão Religiosa! :: Estude a Bíblia e Sejas um Homem Livre da Escravidão Religiosa!
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